domingo, abril 27, 2008

Futsal - GDC Baronia vs Os Pantufas

Depois de uma semana muito difícil que não deixava antever nada de bom quer para o clube quer para o jogo de ontem frente aos Pantufas, o treinador Miguel Carvalho viu-se na necessidade de “resgatar” João Tripa, que como sabem há muito que abandonara a equipa mas que deixou ao contrário do que se possa pensar amizade dentro do balneário.
Esta situação deve-se ao facto de por incrível que pareça tenham coincidido num mesmo dia a totalidade de 7 baixas, por vários motivos, lesões, castigos ou impedimentos profissionais, fez com que como referimos atrás Miguel Carvalho na quinta-feira tivesse apenas 4 jogadores de campo e 2 guarda-redes, vendo-se por isso na necessidade de contar com João Tripa.
Quem anda neste mundo do futebol sabe que costuma dizer-se que quando a semana de treinos corre mal no dia de jogo os jogadores transformam-se e fazem grandes partidas, e mais uma vez esta máxima verificou-se. Miguel Carvalho no balneário pedia aos jogadores um espírito de sacrifício fortíssimo, apelando à sua total concentração referindo ainda que a pressão do jogo estava do outro lado pois os Pantufas tinham de ganhar para se manter na luta pela manutenção, pedindo por isso ao jogadores que fossem agressivos a defender e que as linhas defensivas estivessem o mais junto e recuadas possível na quadra de jogo.
Do ouro lado apresentou-se uma equipa que claramente acusou o carácter decisivo do jogo, e apesar de ter excelentes executantes, o que é certo é que como equipa raramente funcionava e apesar de ter o banco repleto de jogadores a velocidade que impunha na partida era nula. Por outro lado esta equipa era bem conhecedora da nossa equipa tendo inclusive sido derrotada por nós no jogo da primeira volta dai o respeito que evidenciou por nós ao longo dos 40 minutos do encontro.
Começando o jogo numa toada lenta, ritmo a favor da nossa equipa, o Baronia deu sem problemas a posse de bola à equipa adversária que à imagem do que tinha acontecido no jogo da primeira volta não lidava nada bem com uma defesa baixa e agressiva com saídas rápidas para o contra-ataque. Na verdade nos primeiros 10 minutos de jogo não ouve qualquer ocasião de golo para as duas equipas.
O primeiro golo de jogo surge de uma ligeira desatenção defensiva, onde o Baronia permitiu uma tabela entre dois jogadores dos Pantufas que, após remate forte a bola embateu com estrondo na barra da baliza, no ressalto Bruno Espalha aproveita para inaugurar o marcador.
Durava assim 13 minutos a resistência do Baronia no encontro. Acontece que a nossa equipa mostrou uma calma e maturidade gigantesca, pois não se desorganizou com este golo e continuou a jogar como até ali muito concentrados e sempre que podiam os jogadores criavam perigo junto da baliza adversária. E já perto do intervalo a nossa equipa esteve muito perto de marcar num contra-ataque conduzido por Jorge e Vítor Baião, com este último a assistir Jorge ao segundo poste que de baliza aberta atira incrivelmente para fora. Até ao intervalo a toada de jogo bem como acontecimentos relevantes não se verificaram.
Ao intervalo Miguel Carvalho, apesar de estar a perder, estava contente com a réplica dada pelos seus jogadores pois só ele sabia tudo o que se tinha passado e a condição física dos atletas ali presentes. Para a segunda parte apenas apelou à alma competitiva dos jogadores pedindo que acreditassem que seria possível sair dali com um resultado diferente.
O início da segunda parte foi um reflexo da primeira, um ritmo lento com mais posse de bola da equipa dos Pantufas com o Baronia a defender e a sair em contra-ataque. Aos poucos como seria de esperar começam a aparecer mais espaços para jogar derivado ao cansaço que se ia fazendo sentir nos jogadores do Baronia aproveitando os Pantufas para criar mais perigo junto da baliza de Bruno Maldonado.
Mas um novo facto aparece em campo e em dois minutos o Baronia dá a cambalhota no marcador face aos dois golos de…… João Tripa! Isso mesmo o jogador que regressava após abandonar a equipa, e que já referimos atrás por amizade ao plantel e a clube regressou para este jogo, marca por duas vezes o primeiro a culminar uma excelente jogada de contra-ataque e o segundo num golo de levantar todo o pavilhão, em cima da linha dos dez metros no nosso meio campo defensivo de pé esquerdo na tentativa de aliviar a bola acaba por faze-la entrar dentro da baliza dos Pantufas já que o seu guarda-redes estava ligeiramente adiantado.
Este lance foi como uma vitamina extra para estes jogadores que com 6 minutos para jogar sentiam que poderiam ganhar este jogo, ainda para mais um factor sempre muito importante num jogo aparecia agora para a nossa equipa o factor sorte parecia vir premiar o esforço e dedicação dos nossos jogadores. Os Pantufas ainda atiraram mais duas bolas aos postes mas a história do jogo parecia ter já o fim traçado e Nuno Miguel após assistência de Jorge acaba com o jogo fazendo o 3-1. Se bem que faltavam 4 minutos para jogar mas face ao que se ia passando na quadra percebia-se que nada ia mudar aquele resultado. Os Pantufas ainda tentaram colocar em campo o guarda-redes avançado só que esteve mais perto por 3 ou 4 vezes o Baronia de ampliar a vantagem do que os Pantufas reduzirem o resultado.
Em resumo a máxima referida no início deste resumo ao jogo verificou-se, a equipa do Baronia foi premiada pela sua humildade e apesar dos contratempos e do regresso inesperado de João Tripa acabou por tirar partido disso, demonstrando que para se conquistar alguma coisa basta somente crer e acreditar nas nossas capacidades.
Fique com a ficha de jogo:


(clique na imagem para ampliar)

Sem comentários: