O GDC Baronia recebeu ontem no seu pavilhão a equipa da Associação Académica da Universidade do Algarve, 3ª classificada do campeonato nacional de futsal da terceira divisão série d, até então, em jogo a contar para a 7ª jornada que venceu merecidamente por 1-0 num jogo com uma parte final emocionante e de uma verdadeira falta de fair-play da equipa Algarvia que em nada abona em prol do desporto e do futsal em particular.
Mas vamos por partes.
Em campo duas equipas com sistemas tácticos idênticos, pois ambas as equipa privilegiaram o sistema táctico 3:1.
Conhecedoras dos pontos fortes e pontos fracos uma da outra, os momentos iniciais foram de puro estudo táctico com todos os jogadores muito concentrados nas tarefas pedidas por ambos os treinadores. Ambas as equipas nos momentos com bola a privilegiarem a posse de bola com movimentações precisas mas que em grande parte da primeira metade do jogo, as defesas souberam contrariar de uma forma segura e concisa.
A Universidade do Algarve a meio da primeira parte resolve baixar as suas linhas defensivas para trás da linha do meio campo quando o GDC Baronia tinha a bola, dando a posse da mesma à nossa equipa. O que é certo é que os nossos jogadores com uma boa posse de bola e circulação rápida da mesma foram ganhando confiança, confiança essa que lhes dava força e concentração para aquando da perda da mesma pressionarem em bloco e bem alto a equipa algarvia que raramente conseguia sair a jogar de forma organizada perdendo mesmo muitas bolas nesta fase de jogo, o que dava origem algumas transições rápidas da nossa equipa que por grandes intervenções do guarda-redes Ricardo Lima ou falhas no último passe não permitiam que chegássemos ao golo. Nesta primeira parte, e em bom rigor, refira-se que a equipa da Universidade do Algarve não causou perigo junto da nossa baliza tendo a sua posse de bola longe da nossa área, sendo que quando conseguiam colocar a bola por perto da nossa baliza não traziam, como referimos atrás, grande perigo.
Nas cabines, e com o resultado empatado a zero ao intervalo, o treinador Miguel Carvalho pedia para os níveis de concentração, rigor e empenho se manterem no máximo, alertando para as movimentações ofensivas do adversário e para o seu forte jogo com o pivot.
O que é certo é que a segunda parte do encontro foi uma imagem quase perfeita da primeira. Num ritmo não muito rápido, com as defesas a superiorizarem-se aos ataques, jogando ambas as equipas à procura de um erro do adversário que lhes permitisse chegar ao golo. Ainda assim a nossa equipa parecendo demonstrar maior confiança geria a posse da bola com maior rigor mas denotando algumas dificuldades em meter o último passe que poderia dar origem ao tão esperado golo.
A equipa da Universidade do Algarve apostava mais no jogo directo, com bolas colocadas no seu pivot para que os homens vindos de trás alvejassem a baliza de Bruno Maldonado, só que a nossa equipa mostrou-se intransponível anulando na perfeição este estilo de jogo da equipa algarvia.
Com o passar dos minutos a ansiedade e nervosismo habitual foram apoderando-se dos jogadores de ambas as equipas, fazendo-se notar mais na equipa da Universidade do Algarve que com faltas atrás de faltas e com algumas picardias com os nossos jogadores demonstrava que esse nervosismo se fazia sentir mais nos seus jogadores, tendo chegado já na parte final do encontro à sexta e sétima falta que deram origem a dois livres directos dos 10m sem que a nossa equipa conseguisse concretizar desperdiçando assim ocasiões soberanas para se colocar em vantagem.
Com três minutos para o final do encontro o treinador da equipa algarvia aposta tudo para conquistar a vitória e coloca em campo o guarda-redes avançado. Só que mais uma vez a nossa equipa demonstrou-se intransponível não deixando a equipa da Universidade do Algarve chegar com perigo junto da nossa baliza.
É então que o insólito acontece. Sensivelmente a minuto e meio do fim Dário Pataquinho rouba a bola a um adversário e prossegue com a mesma para a baliza deserta da equipa algarvia, mas quando tudo começava a festejar o golo que parecia certo da nossa equipa eis que o fair-play é posto em causa e a falta de respeito pelo adversário e público também. Num acto altamente inqualificável de alguém que não sabe seguramente estar no desporto, impede que a nossa equipa se coloque em vantagem. O treinador adjunto da equipa da Universidade do Algarve entra em campo e impede a bola de entrar dentro da baliza, e de um lance de golo claro resulta uma bola ao solo e a expulsão do tal senhor.
Não se desorganizando com o sucedido, não perdendo a cabeça, a nossa equipa mesmo a jogar contra o adversário em superioridade numérica face à colocação do guarda-redes avançado soube pressionar e a 28s do final João Alexandre rouba a bola isolando-se e assistindo Jorge Santos que coloca a bola dentro da baliza deserta da equipa algarvia colocando assim a justiça no marcador.
Até final a nossa equipa limitou-se a controlar as operações galvanizada e apoiada pelo seu público que mais uma vez foi inexcedível no apoio à nossa equipa, tendo acabado o jogo com a bola em seu poder.
Em resumo, um jogo bem disputado do ponto de vista táctico em que a nossa equipa acabou por ser um justo vencedor face aos incidentes do encontro, sobe ter a posse de bola, soube defender, soube sofrer e a tal estrelinha da sorte que noutros encontros não nos apareceu esteve desta vez bem presente.
Quanto à Universidade do Algarve demonstrou o porque de ser a terceira classificada do campeonato, com bons executantes, uma defesa forte com um excelente guarda-redes, mas que sai da nossa casa com a imagem, queremos nós acreditar, contrária aquilo que são na realidade, tudo por causa de um acto inqualificável de um membro da sua equipa.
Terça-feira o GDC Baronia entra de novo em campo desta feita em Sines frente ao primeiro classificado o Independentes em mais um jogo de nível elevado, esperamos então que os nossos jogadores estejam de novo em bom plano e que possam dar continuidade a esta boa fase que têm demonstrado.
Fique com a ficha de jogo.
(clique na imagem para ampliar)
1 comentário:
Parábens pela grande vitória
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